Sim, eles são pequeninos, submicroscópicos
e invisíveis a olho nu. Podem ser manejados em laboratório e digo mais:
estão entre nós ou, em nós. Da Minha Mente pro Mundo vai com
muito cuidado por entre estes minúsculos anjinhos
da morte: os vírus. Mesmo que
vocês saibam como surgiram, o que são, qual a composição desses agentes infecciosos e como tratar as doenças virais, nada vai adiantar, pois
você já pode estar morto neste exato
momento. E o pior é que talvez nem tenha
percebido.
Mas o que há de tão mundano
nisso?
Bom... naturalmente os vírus
estão no mundo e embora alguns sejam
desenvolvidos em laboratórios pelas mentes humanas, suas origens não são
duvidosas. O que há de maravilhoso nisso é justamente a magia da criação e evolução. Significa que muitos processos são responsáveis pela variedade genética em uma população viral. Por exemplo: mutações, recombinações, rearranjos
genéticos, ocorrências de infecções,
modo de transmissão. Todas variáveis
que influenciam nas mudanças genéticas dos vírus.
Voltando mais um pouco e pensando no surgimento deles, me atrevo a
dizer que seria algo mais complexo quanto a origem da vida de nós, "irretocáveis" seres humanos e outras formas de vida. As hipóteses para isso
são:
- Evolução química: micróbios extremamente reduzidos que
surgiram no início da vida na Terra e que deram origem as primeiras células. Dai, criando diversas e
independentes formas de vírus;
- Evolução retrógrada: origem em microrganismos parasitas que ao longo
dos tempos, perderam partes do genoma
responsáveis pela codificação de proteínas importantes para processos metabólicos. Desta forma,
mantiveram apenas os genes que deram
a eles uma identidade e capacidade para replicar-se;
- DNA auto-replicante: surgimento a partir de
sequencias de DNA replicantes que
assumiram uma função parasita para
sobreviverem ao mundo;
- Origem celular: derivados de componentes
de células de seus hospedeiros que se tornaram autônomos e
passaram a se comportar como genes
existindo de forma independente da célula.
Está é a hipótese mais provável.
Complicado? Para alguns sim e para outros não, mas confesso que eu
também peno para compreender certas coisas.
Interessante é saber que os vírus,
além de serem pequenos agentes que causam infecções, possuem de 20 a 300 nanômetro de diâmetro. São quase
invisíveis! Eles são considerados parasitas
intracelulares, já que dependem de outras células para se multiplicarem. Fora de um ambiente propício, ou
seja, se não estiverem em contato com as células,
ficam ali... paradinhos... inertes. No entanto, dentro delas, se multiplicam
velozmente. Um único vírus pode multiplicar milhares de novos vírus em
poucas horas. Neste processo, há um grande potencial para infectar seres vivos de todas as espécies.
Imagem retirada de: bbc.co.uk |
Os vírus mais mortais da
história:
10° Febre do Nilo Ocidental – 1937 (West Nile
Vírus - WNV)
Imagem retirada de: wikipedia.org |
Surgiu na África. Demonstrou sua força a partir
da década de 90, nos USA. Ela se propaga em alta velocidade e, nos casos mais
graves, causa encefalite e meningite, que levam a complicações
neurológicas e à morte. A transmissão do vírus ocorre pela picada de mosquitos
do gênero Culex, que se alimentam do
sangue de aves infectadas. Ainda não existe cura nem vacina para a doença.
9° SARS – 2002 (SARS-COV)
Imagem retirada de: eggans.com |
Também conhecida como pneumonia asiática, a SARS
é a grande epidemia mais recente do
planeta. Identificada pela primeira vez na cidade de Foshan, na China, a doença mostrou de cara o seu poder de
disseminação: em um único dia, o governo chinês notificou 3 mil casos. De novembro
de 2002 a julho de 2003, 8.098 pessoas foram contaminadas ao redor do mundo e
774 delas morreram.
8° Febre Amarela – 1900 (Vírus da família da
Flaviviridae)
Imagem retirada de: estadoanarquista.blogspot.com |
O vírus
da febre amarela e seu transmissor, o Aedes
aegypti (o mesmo da dengue), só foram identificados em 1900, embora já
existissem casos da doença há três
séculos. Não há cura para a febre
amarela, mas existe uma vacina que
previne a contaminação. Por isso, hoje a doença
não mata como nos séculos 17 e 19. Entre 1850 e 1902, mais de 58 mil pessoas
morreram só no Rio de Janeiro. No verão de 1889, uma epidemia assolou Campinas
e pelo menos 75% da população local deixou a cidade.
7° Sarampo – século 10 (Morbili Vírus)
Imagem retirada de: pt.wikipedia.org |
O vírus
causador do sarampo tem enorme poder de disseminação, transmitido por meio das
vias respiratórias, sobretudo em espirros e tosses. Só em 1999, a doença fez quase 900 mil vítimas,
principalmente na África. Depois de uma campanha mundial de combate à doença, em menos de uma década, o
número de óbitos foi reduzido drasticamente.
Do ano de 1999 a 2005, o número de mortes caiu 60%. A primeira descrição
da doença foi feita na Europa, pelo
médico árabe Ibn Razi, mas a primeira grande epidemia data dos séculos 2 e 3 d.C. no Império Romano. Em 1963,
surgiu a vacina para combater a doença.
6° Febre Hemorrágica – 1952 (Vírus da família
Bunyaviridae)
Imagem retirada de: allposters.com.br |
São conhecidos pelo menos 14 tipos diferentes de hantavírus, agente responsável por este
tipo de doença, mas o principal é o
causador da Febre Hemorrágica com
síndrome renal (HFRS). O vírus só foi descoberto na década de
50, mas há casos datados de 1913, na Rússia. Hoje, na China, são registrados
entre 40 mil e 100 mil casos por ano. De 5 a 10% dos infectados morrem. O vírus foi descoberto durante a Guerra
da Coréia, quando cerca de 5 mil soldados foram vitimados pela doença. O nome hantavírus faz referência ao rio
Hantaan, onde os primeiros corpos foram encontrados.
5° AIDS – 1981 (HIV-1 e
HIV-2)
Imagem retirada de: sobiologia.com.br |
O agente etimológico da AIDS é um retrovírus
humano, denominado vírus da
imunodeficiência humana ou HIV-1.
Em 1986, descobriu-se uma variação que ficou conhecida com HIV-2. As células infectadas pelo HIV perdem eficiência pouco a
pouco até serem destruídas. Com isso, o sistema imunológico se torna frágil e
exposto a outras doenças, que
geralmente causam a morte. Desde 1981, a AIDS
já infectou cerca de 40 milhões de pessoas. No Malaui, um país da África
Subsaariana, a doença mata 240
pessoas por dia.
4° Ebola – 1976 (Vírus da família Filoviridae)
Imagem retirada de: evunix.uevora.pt |
Embora o número de vítimas do Ebola não chegue nem perto do da gripe espanhola ou da Dengue,
o que assusta é a altíssima letalidade. Em 1976, quando foi descoberto, morreram
280 pessoas no Zaire (República Democrática do Congo) em menos de um mês. Em
1995, o país foi atacado por outra epidemia,
que contaminou 344 pessoas, vitimando 240 delas. Durante esta epidemia, notou-se que as crianças eram
mais resistentes ao vírus. Apenas 9%
das vítimas tinham menos de 17 anos.
3° Varíola – 3 mil anos (Orthopoxvírus
Variolae)
Imagem retirada de: allposters.com.br |
Erradicada desde 1977, a doença
até hoje não possui tratamento nem cura, só vacina. Há casos de Varíola registrados
há cerca de 3 mil anos tanto na China quanto no Egito. De lá para cá, a doença
se espalhou pelo mundo, causando epidemias
que mataram populações inteiras. No século 18, um em cada dez recém-nascidos
morriam na Suécia e na França. Na Rússia, um em cada sete. Quando a OMS declarou a doença extinta, todas as amostras do vírus mantidas por
laboratórios foram destruídas. Mas um laboratório americano e um russo
desobedeceram a ordem e conservam o vírus
até hoje.
2° Dengue – século 18 (Vírus da família Flaviviridae)
2° Dengue – século 18 (Vírus da família Flaviviridae)
Imagem retirada de: juizdeforaonline.wordpress.com |
Cerca de cem países, 2,5 bilhões de pessoas,
apresentam o risco da doença. A OMS estima que surjam de 50 a 100
milhões de casos todos os anos no mundo, o que resulta em 500 mil internações e
20 mil óbitos. O homem só desenvolve imunidade permanente para o tipo de vírus
que contraiu. Ou seja, a pessoa pode contrair outro tipo de Dengue, como a hemorrágica, muito mais
perigosa. Quem transmite o vírus é
exclusivamente a fêmea do mosquito Aedes
aegypti. O macho se alimenta da seiva de plantas e é inofensivo ao ser
humano.
1° Gripe Espanhola – 1918 (Influenza tipo A ou
H1N1)
Imagem retirada de: veja.abril.com.br |
O vírus
Influenza é o causador da mais devastadora epidemia da história. Em apenas 18 meses, entre 1918 e 1919, a Gripe Espanhola matou entre 50 e 100
milhões de pessoas. Na época, 5% da população mundial. O foco principal da
“chacina” foram as trincheiras da Primeira Guerra Mundial. A intensa migração
de soldados durante os combates ajudou o
vírus a se espalhar. No período mais crítico, a doença matou mais gente do que a Primeira Guerra, que teve cerca de
14,5 milhões de baixas.
É claro que depois de tantas doenças,
é preciso mencionar as vacinas,
afinal, para que servem as mentes mundanas?
Elas são substâncias desenvolvidas por cientistas (vou generalizar
o título) e nelas, existem proteínas, toxinas, partes ou inteiras bactérias ou vírus, atenuados ou mortos que ao serem introduzidas em um
organismo vivo, causam a reação do sistema imunológico como se estivesse
combatendo uma infecção. Isto desencadeia a produção de anticorpos que protegem
o corpo contra as doenças.
Mas de que adiantaria uma vacina
se não se pode curar o que circula por nós silenciosamente?
Para que compreendam, preciso mencionar um dos vírus mais temidos da história: o Lyssavirus causador da Raiva ou, Hidrofobia.
Imagem retirada de: vestibulandoweb.com.br |
A contaminação se dá pelo contato com a saliva de
animais contaminados. O vírus segue
pelo sistema nervoso central e leva
em torno de 40 dias para chegar ao cérebro. Quanto mais longe a mordida for do
cérebro, mais tempo para que ele chegue. Os sintomas são:
·
Paralisia de membros inferiores que se estende a todo o corpo;
·
Depressão mental;
·
Agitação e sensação de mal-estar;
·
Febre;
·
Salivação intensa;
·
Contrações dolorosas da garganta e do aparelho vocal;
·
Medo de água.
Parece engraçado? Pois é... no entanto, a raiva não tem cura. Na idade média seríamos tratados como pessoas
possuídas pelo demônio caso contraíssemos a doença e com sorte, queimados vivos. Digo isso, pois se não me
engano, apenas dois casos de cura foram registrados até hoje. Um nos USA e
outro no Brasil.
Qual sofrimento valeria mais?
Está chocado? Pois espere mais um pouco! O que vocês acham que
resultaria do cruzamento entre o Lyssavirus
e o Toxoplasma gondii, o protozoário causador da Toxoplasmose?
Imagem retirada de: sciencecentric.com |
A resposta é: a Toxozimbose
dada pela combinação destes dois “corpos” e resultando em um vírus mortal conhecido como T-zombi.
Morto ou vivo, tanto faz... você pode estar infectado neste exato
momento e não saber. Pode até mesmo perambular pelas ruas, “mortinho da Silva”
sem consciência disso.
Para saber mais e aprender a como sobreviver a este que poderá ser
o fim dos tempos, eu indico um guia: Protocolo
Bluehand Zumbis...
...escrito por Abu
Fobiya, uma das mentes mais insanas e perturbadas deste mundo.
Se vocês esperam vacinas, tratamentos e cura, eu espero apenas o básico: água, comida, além de um lugar seguro para estar e é
claro, a boa e velha toalha.
Fonte:
pt.wikipedia.org
tutomania.com.br
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