Páginas

quinta-feira, 28 de março de 2013

O Belo e a Fera

Era uma vez um bebê bonitinho e fofinho. Ele se tornou um menino e durante sua infância, estudou piano e canto.



Ele cresceu e aos 18 anos sonhava ser artista. Pintar os mais belos quadros, ser reconhecido pela qualidade de suas obras, por suas ideias magicamente traduzidas para as telas tendo na forma e na textura das tintas, a expressão de seu eu, da sua visão do mundo expressada pelas marcas de seu pincel.
Então ele arriscou ingressar na Academia de Artes Gráficas de Viena, mas infelizmente, foi recusado por duas vezes. Os críticos foram cruéis e disseram: “Seus trabalhos não tem vida nem originalidade”.
Mas ele não se deu por vencido e durante seis anos, sobreviveu vendendo nas ruas de Viena as suas pinturas, provando que suas obras tinham sim o seu valor.




Imagens retiradas de: fottus.com

Como nada para ele era fácil, foi levado para a Primeira Guerra Mundial...

...e lá, continuava a produzir. Um artista incansável mesmo durante as batalhas mais sangrentas.
Esperto como era, tornou-se um homem influente. O "Sr. H", vou chamá-lo assim, alguns anos depois levou seu estilo para a política. Imortalizou uma bandeira que carregava um símbolo especial. Um símbolo místico encontrado em muitas culturas como a dos Astecas, por exemplo.
Imagem retirada de: commons.wikimedia.org
O nome desse símbolo, ou melhor, a etimologia, deriva do sânscrito svastika e significa: felicidade, prazer e boa sorte.
Dado o misticismo e a qualidade da obra, ela foi adaptada e utilizada nos uniformes de soldados, adereços e prédios. Enfim, tornou-se uma obra de arte reconhecida, admirada e respeitada por muitos.
Como era crítico, considerava as obras modernas “degeneradas” e dava as suas produções sempre um “ar clássico”, considerando a grandiosidade dos velhos estilos. Por isso, seus prédios deveriam ser construídos de forma grandiosa, demonstrando superioridade tal quais as pirâmides do Egito. Projetou também um Arco do Triunfo que media 70 metros mais alto que o de Paris.
Caberia a todas essas grandiosas obras manterem vivas as lembranças desse bebê, que se tornou menino e se transformou em um homem. Uma pessoa importante e criativa, que executava suas ideias como um arquiteto embora em sua maioria, os tijolos e tintas usados, tenham sido feitos com sangue, infelizmente!
Nossas ideias revelam quem somos. Muitas vezes o que julgamos Belo pode ser na verdade, a Fera!

Nenhum comentário:

Postar um comentário